A MONTANHA

Onde moro, avisto uma montanha.
O que será que tem atrás daquela montanha?
Uns dizem que tem uma cidade
Outros o mar!... Um lago!... Um rio!...

Vou subir na montanha
Hoje não, amanhã...

Observo ao longe a montanha
O que será que tem atrás daquela montanha?
Dizem ter alegria, talvez tristeza!
E que a felicidade se encontra lá

Os que passam perguntam:
Porque não sobe na montanha?
Para ver o que tem do outro lado!

Vou subir na montanha
Hoje não, amanhã...

O que encontrarei...?
Do outro lado daquela montanha.
Imagino que tanta coisa possa existir
Do outro lado daquela misteriosa montanha.

Às vezes sinto um aroma suave,
Um som agradável
Que vem daquela montanha
Imaginação? Acho que não.

Vou subir na montanha
Hoje não, amanhã...

Quando o sol nasce com todo o seu esplendor
Um brilho intenso cobre por inteira
Àquela majestosa montanha.

Passo a passo, venço cada obstáculo,
Estou subindo... Hoje enfim saberei,
O que tem do outro lado daquela montanha.
Consegui!... Cheguei!...

Agora posso ver o que tem
Do outro lado da montanha.
Surpresa? Perplexidade? Decepção?
Descobri o que tem do outro lado da montanha.

Outra montanha!?

Mas não desanimei...
Vou subir na outra montanha

Hoje não, quem sabe amanhã...
Amanhã...


Coragem, suba a sua montanha

“Porque tudo o que é nascido de Deus vence o mundo;
e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 João 5:4)
O que fazer diante dos desafios? Como vencer os obstáculos? Como acreditar no que não se vê?
São tantos os questionamentos diante de decisões a tomar, e que poderão mudar ou modificar uma vida. É preciso ter a coragem para transpor as barreiras e dificuldades, e por esses motivos adiamos algo importante quando não sabemos lidar com o desconhecido.

Na poesia A Montanha, extraindo do seu âmago o sentido espiritual, têm-se uma lição e aprendizado do valor da coragem e da fé.

A Montanha, uma figura que representa algo grandioso, desafiador, e até mesmo misterioso, que o mundo social nos apresenta, e que para muitos, intransponível e de difícil acesso.
Será que só devemos observar a montanha? Não devemos tentar subir e vencê-la? O que poderá ser essa montanha? Pense e reflita. Será algo que desejamos ou precisamos, e que não alcançamos porque vivemos adiando por falta de coragem, ou simplesmente por comodismo?
O ser humano vive em seus “guetos”, e não procura avançar na direção de algo maior e de real valor.
Muitas vezes ouvimos incentivos para “subirmos essa montanha”, com suposições de que existe algo maravilhoso a ser conhecido, e por outro lado, ouvimos palavras e deduções que causam certo receio e que, nos induzem ao medo.
O que acontecerá se tomarmos a decisão de sair de certo lugar, numa atitude de conhecer outro modo de vida?
Vida, mas que vida será esta? Será de felicidade, de alegria, de paz, de regozijo? Surgem as dúvidas, e adiamos a decisão de ultrapassar “aquela montanha”.
Quando acontecem os conflitos, sempre ouvimos conselhos e sugestões, “porque não sobe na montanha”? Todos parecem conhecer a verdade, será que realmente a conhecem? Como saber que tudo se resolverá ao ultrapassar esse “gigante” a nossa frente?
Mais uma vez adia-se a grande decisão.
O que não sabemos, é que não temos uma “montanha” para superar, mas outra e mais outra, e outra, e durante o percurso, seremos muitas vezes iludidos, desiludidos e desacreditados por situações diversas, as quais poderão fazer com que retornemos à nossa antiga condição de vida.
Eis uma demonstração da realidade que muitos desconhecem ou não acreditam, de que nascemos em pecado e que, para sairmos da condição de “mortos” (Ef. 2:1), é preciso coragem para vencer as aflições, tribulações e desafios que envolvem a nossa existência, e para tomarmos a importante decisão que é a de alcançar uma vida plena de paz e felicidade.
Quando ultrapassarmos as inúmeras “montanhas” que são colocadas à nossa frente, encontraremos o verdadeiro sentido de viver e vencer. “O vencedor herdará estas cousas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho”. (Apoc. 21:7)
Jesus disse: “Estas cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições: mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).
No livro de Deuteronômio, capítulo 1º, versículos de 19 a 25, doze homens, um de cada tribo, foram enviados para espiar a terra que o Senhor prometeu, e lemos que Deus fala assim: “Não temas e não te assustes” (v.21), e os homens creram, e sendo obedientes “subiram a região montanhosa” (v.24), e viram que: “É terra boa que nos dá o Senhor nosso Deus” (v. 25). Logo a seguir, lemos que muitos foram rebeldes e murmuradores (vs. 26, 27), sendo castigados, não conseguindo alcançar a “boa terra” (v.36), porque não tiveram coragem de atravessar a “montanha” que os levaria para uma vida feliz de paz e liberdade, numa terra de abundância.
Hoje vemos que muitos ainda estão caminhando pelo deserto, indecisos, conflituosos, hesitando em tomar uma decisão que venha transformar seus corações e mentes, abrindo os olhos para a verdade e para a realidade que envolve cada ser humano. Andam em murmurações e rebeldias, negando a si mesmo o direito de ser feliz, sem coragem e fé para “subir a montanha” e alcançar uma vida vitoriosa ao lado daquele que não mediu esforços e subiu a sua “montanha”, cumprindo a determinação de salvar a humanidade de um destino terrível, e habilitando cada um com força e destemor para subir a sua “montanha” como Ele fez carregando uma pesada cruz.